Ao seguir a sugestão da Marina Magalhães para esse Velhidades x Novidades, cheguei à conclusão de que talento está é no sangue mesmo, não tem jeito.
Quando ouvi Jeff Buckley pela primeira vez foi como sair do chão e flutuar. A voz suave e a melodia de Hallelujah, música de Leonard Cohen, ficaram na minha cabeça por dias e até hoje me emociona de uma maneira inexplicável.
Jeff Buckley – Hallelujah
A partir daí quis conhecer mais e me deparei com Grace, único álbum de estúdio gravado por Buckley, lançado em 1994 e que trazia, além de Hallelujah, as belíssimas Lover You Should’ve Come Over e a música título do álbum, Grace.
Jeff Buckley – Lover, You Should’ve Come Over
Jeff Buckley – Grace
Eis que Jeff Buckley tinha o talento no sangue. Seu pai, Tim Buckley, também era músico e foi descoberto pelo empresário de Frank Zappa na década de 60.
No início da carreira apostou no folk, com músicas que lembravam um pouco Bob Dylan, mas descobriu que sua vocação mesmo era se reinventar. A cada álbum, um estilo diferente.
De toda a sua obra, composta por 10 álbuns de estúdio (discografia muito mais extensa que a de seu filho), o mais aclamado pela crítica foi Happy/Sad, com músicas puxadas pro jazz e com sonoridade à la Miles Davis. Mas foi com Song To The Siren, música do álbum Starsailor, de 1970, considerada sua obra prima, que Tim Buckley atingiu o ápice.
Tim Buckley – Song To The Siren
Tim faleceu aos 28 anos, em 1975, de overdose de heroína. Jeff faleceu aos 30 anos, em 1997, afogado no rio Wolf, no Mississipi. Uma pena e um desperdício de talento.
Não há como não amar os dois….
Eu sou completamente apaixonada com Jeff Buckley, um poeta de primeiríssima linha…mas o pai dele também era gênio….depois escuta “I never asked to be your Mountain”…é a música que ele fez pro Jeff, quando ele nasceu….ele até não era bom pai, mas era bom letrista…hahaha!